São 8h da manhã. O silêncio inunda a sala, lá no fundo ouve-se o barulho da ventoinha e cá no fundo é difícil não ouvir a confusão dos pensamentos. Aconteceu tanto nestes quase 2 meses que será difícil encaixotar, fazer malas e partir, desconfio que depois desta experiência haverão coisas que nunca mais irão embora, ficarão… farão morada! Espero que sim. Então enquanto espero pelo início da consulta, oiço o meu fundo, observo os dias que passaram e tento passar para este caderno laranja o que é passível de partilha. Passaram duas semanas desde o último texto, cheias, recheadas de aventuras e desejo de aventuranças. No outro dia, dei comigo num jantar do serviço em casa da chefe, ofereci-me para preparar um prato, mostrar a gastronomia portuguesa e, finalmente, comer o que gosto! Mas, como tudo na Índia, foi extremamente difícil! Primeiro, tinha de ser vegetariano, dadas as especificidades alimentares da religião, depois tinha de encontrar os ingredientes. Acabei por faze