Finalmente, comecei a ler o livro do Camus, "a queda", e lá ia eu de manhãzinha (depende do conceito...) no metro a beber o meu café, quando me deparo com a seguinte frase (não aconselhada a menores,pessoas facilmente impressionáveis ou com problemas cardíacos)... precauções à parte...
" Cismo, por vezes, no que dirão de nós os futuros historiadores.Bastar-lhes-á uma frase para definir o homem moderno: fornicava e lia jornais. Depois desta forte definição, o assunto ficará, se assim me posso exprimir, esgotado."
O Camus pôs uma das suas personagens a dizer isto dos "modernos"!
E nós? Os pós modernos ou os pós pós modernos (para quem gosta destas mariquices), o que dirão de nós os historiadores? Palpites?
Acho que poderão dizer: " eles relativizavam e ficavam ansiosos"... depois do dia de hoje, isto faz tanto sentido!(como a primeira afirmação é relativa vou só falar da segunda).
Estive umas 3h na urgência e entre pernas partidas e cólicas renais, havia muita mas muita ansiedade!Pura e dura! Ansiedade ao ponto de dar dor no peito com irradiação para o braço, palpitações, náuseas, tremores, dores de cabeça... entre outros! E toda esta sintomatologia regrediu "magicamente" com uma amarguinha (Calma, até agora a única bebida que levo na mala é mesmo o café! Amêndoa amarga, só em casamentos, natais e outros que tais!), leia-se uma fórmula de diazepan dissolvida em água!
O caso mais gritante foi o de um rapaz muito jovem e com muito bom aspecto que veio com queixas de ansiedade, o rapaz estava a trabalhar e teve de parar para vir à urgência, porque não conseguia parar de tremer e estava tão nervoso... Poça, é assustador! Mas não foi só este, eram uns atrás dos outros, vi mais ansiedade do que gripes!uhhhhhh (isto não se pode dizer!).
Bom, a reflexão urgente que se impõe é "e a ansiedade o que fazer com ela?"...parece-me que esta pergunta tem acompanhado não só o homem pós moderno, mas o homem ao longo de todas as épocas, até porque ainda na gestação do cristianismo já Jesus dizia para não andarmos ansiosos por coisa alguma... Contudo, embora a ansiedade não tenha habitação específica numa época, penso que na nossa tem um contrato de longo termo...
Agora, quanto ao relativismo, esse sim, comprou por cá um T2 com vista para o mar, e grita a plenos pulmões com a cabecinha fora da janela :"aqui vou ser feliz"...mas, logo a seguir, conclui...opah, o que é a felicidade? E, rapidamente, conclui ahhh...isso é relativo, fecha a janela e liga a televisão porque "aquela" serie já começou!
E com isto vos deixo...a vocês e aos leitores imaginários!
" Cismo, por vezes, no que dirão de nós os futuros historiadores.Bastar-lhes-á uma frase para definir o homem moderno: fornicava e lia jornais. Depois desta forte definição, o assunto ficará, se assim me posso exprimir, esgotado."
O Camus pôs uma das suas personagens a dizer isto dos "modernos"!
E nós? Os pós modernos ou os pós pós modernos (para quem gosta destas mariquices), o que dirão de nós os historiadores? Palpites?
Acho que poderão dizer: " eles relativizavam e ficavam ansiosos"... depois do dia de hoje, isto faz tanto sentido!(como a primeira afirmação é relativa vou só falar da segunda).
Estive umas 3h na urgência e entre pernas partidas e cólicas renais, havia muita mas muita ansiedade!Pura e dura! Ansiedade ao ponto de dar dor no peito com irradiação para o braço, palpitações, náuseas, tremores, dores de cabeça... entre outros! E toda esta sintomatologia regrediu "magicamente" com uma amarguinha (Calma, até agora a única bebida que levo na mala é mesmo o café! Amêndoa amarga, só em casamentos, natais e outros que tais!), leia-se uma fórmula de diazepan dissolvida em água!
O caso mais gritante foi o de um rapaz muito jovem e com muito bom aspecto que veio com queixas de ansiedade, o rapaz estava a trabalhar e teve de parar para vir à urgência, porque não conseguia parar de tremer e estava tão nervoso... Poça, é assustador! Mas não foi só este, eram uns atrás dos outros, vi mais ansiedade do que gripes!uhhhhhh (isto não se pode dizer!).
Bom, a reflexão urgente que se impõe é "e a ansiedade o que fazer com ela?"...parece-me que esta pergunta tem acompanhado não só o homem pós moderno, mas o homem ao longo de todas as épocas, até porque ainda na gestação do cristianismo já Jesus dizia para não andarmos ansiosos por coisa alguma... Contudo, embora a ansiedade não tenha habitação específica numa época, penso que na nossa tem um contrato de longo termo...
Agora, quanto ao relativismo, esse sim, comprou por cá um T2 com vista para o mar, e grita a plenos pulmões com a cabecinha fora da janela :"aqui vou ser feliz"...mas, logo a seguir, conclui...opah, o que é a felicidade? E, rapidamente, conclui ahhh...isso é relativo, fecha a janela e liga a televisão porque "aquela" serie já começou!
E com isto vos deixo...a vocês e aos leitores imaginários!
Gostei!
ResponderEliminarNão és só tu que te deparas com ansiedade... nós psicólogos, (no meu caso, do trabalho e das organizações) também abordamos muito esse tema. Evitá-la? Impossível, faz parte da natureza humana andar/ser ansioso. Geri-la? Aí já se pode fazer qualquer coisa.
Na minha opinião, a ansiedade resume-se a um factor: tempo, ou neste caso, falta dele. Temos mil e uma coisas por dia que têm que ser "abraçadas" por nós (trabalho, família, crianças, actividades não laborais, por aí fora) e um dia só tem 24 horas. É uma malha do caneco!
Os psicólogos do trabalho não estão lá para fazer "psicoterapia instantânea" para que o trabalhador fique apto para continuar a sua actividade, mas fazemos a gestão do capital humano, e aí é preciso ver o "caparro emocional" que cada trabalhador tem para a função que vai exercer. Senão, continuarão a existir mais casos como o que encontraste hoje, pessoas perto do burnout!
[Uma pequena curiosidade: um dos grandes gurus da gestão, Jim Collins, cronometra todas as suas actividades do dia-a-dia para fazer a gestão do seu tempo.]
Até me apetecia falar do relativismo, mas já me alonguei demais, vir aqui foi uma fugazita ao estudo!
Inté! ;)
tou a gostar de te ler miuda!fazes sentido no que dizes, não tava habituado a isso :)
ResponderEliminarahahah:) não estavas habituado a ler coisas com sentido ou a ouvir-me dizer coisas com sentido?? bom...nem sequer sei se quero ouvir a resposta...lol
ResponderEliminarseja como for,ainda bem que estás a gostar de ler... isto de ter um blog é novo para mim, mas também estou a gostar...e muito!
o homem pós-pós-moderno:
ResponderEliminar"aquele que comprava para alimentar a ansiedade"
sem ela pára-se a inquietação, algo está errado - alguns pensarão, não?
Oriana, benvinda a esta "casa"... é bom ter-te por cá!
ResponderEliminarcontinua a fazer perguntas, gosto de perguntar em conjunto!!
um abraço