Os dias aqui têm um ritmo diferente, a primeira semana durou uma eternidade. Os dias arrastaram-se e trouxeram com eles uma espécie de avalanche emocional com uma violência que não estava à espera. No entanto, apesar da tempestade e de umas quantas molhas (umas mais literais do que outras), a segunda semana começou e com ela germinou a rotina e alguma previsibilidade que trouxe um cheiro, muito suave ainda, de segurança. E foi no meio da confusão, cada vez mais organizada, que fui decorando os nomes das pessoas (tarefa demasiado difícil, por vezes), fui também aprendendo duas ou três perguntas em Hindi, graças às minhas “tias” e à sua vontade de me verem a falar com e como elas, descobri onde são os sítios principais, aprendi um bocadinho da complexa organização social desta comunidade e decorei que ao domingo é dia de comer frango (durante a semana a ementa é vegetariana). E sem dar por ela, a terceira semana apareceu e acabou, e agora já conheço as caras, mas a luta com os nomes cont