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A mostrar mensagens de novembro, 2011

Vellore - onde o sonho comanda a vida!

Incluímos a cidade de Vellore no nosso roteiro, não porque tenha uma grande oferta cultural, ou uma costa cheia de praias, ou montanhas para escalar, trilhos por descobrir… Não, aparentemente, é uma cidade sem nada de especial, não há turistas, aliás não há brancos (signifique lá o que isso significar!), não consta nos guias porque não oferece nada daquilo que os estrangeiros procuram na Índia (conceito ainda por definir!). Mas perguntem aos indianos! Perguntem às centenas de indianos, vindos de todo o país, que rumam a Vellore durante todo o ano, perguntem-lhes o que é que esta cidade tem de especial! E a resposta que vão ouvir é: “CMC – Christian Medical College”, uma das melhores faculdades de medicina do país e que está associada a um hospital muito conceituado com preços acessíveis à maioria dos cidadãos. Esta última parte é importante, porque a saúde na Índia paga-se e não é pouco, aliás sistemas nacionais de saúde como o nosso que é para todos e para mais alguns, isso é cois

A caminho pela índia…

Foi com a mochila às costas e um bilhete de comboio no bolso que deixámos o centro que foi a nossa casa nas últimas semanas. O centro e as pessoas! E essas é que interessam, porque é delas que vamos ter saudades, das minhas “tias” e da aula de Inglês - Hindi em que sentadinhas em roda de perninhas à chinês aprenderam 5 perguntas em Inglês, os números, as cores, com jogos, com gargalhadas, com histórias da Bíblia, aprenderam elas e aprendi eu (e nunca mais me vou esquecer das lições que me ensinaram)! Há vários momentos preciosos que vou guardar, a última aula, é de certeza um deles, comprámos um bolo de chocolate, grande e vistoso, um daqueles bolos de anos com flores de açúcar e enfeites de chantilly, para comemorar a última lição, para dizer: “gostamos muito de vocês!”. Em resposta houve muitos abraços, agradecimentos, fotografias, e a frase que mais me ficou na memória, foi quando uma delas me chama e a olhar bem nos meus olhos diz: “Prianka (um nome comum na Índia e que se tornou o

A viagem continua…

O nosso tempo em Bombaim acabou! Foram 2 meses. Inesquecíveis! Cheios de histórias e de aprendizagens, uma mistura de aventura e de peregrinação com uma montanha gigante de sentimentos atrelados. O que aprendemos aqui vai ficar guardado no coração (como ensina a história do Natal), contudo, muito provavelmente, só daqui a alguns meses é que teremos a consciência do tamanho da montanha que vamos ter de arrumar! Tivemos a oportunidade rara de estar na Índia dos Indianos e não das agências de viagens e dos hotéis de luxo. Comemos à mesa deles, o arroz branco sem tempero, com dall (uma espécie de molho de lentilhas) e legumes picantes, todos os dias excepto ao domingo que é dia de comer frango (dia de festa!). Andámos de transportes públicos como eles e com eles ao nosso colo, sem exagero nenhum, num daqueles triciclos motorizados onde cabem 7 passageiros, andámos quase sempre com cerca de 18-20 pessoas. No autocarro num banco de 2 vão 3, isto é de certeza e com sorte vão 4. E no comb